Agenda Cultural e Convites

Contagem regressiva para a estreia do Festival Banca de Poetas/FAC nesta quinta-feira na cidade Estrutural.

Arte como instrumento de transformação humana

Literatura, poesia, teatro literário e outras prosas. O Festival Banca de Poetas é um verdadeiro banho cultural, que preza pela democracia da criação artística. Imagine um varal com livros e textos selecionados e outros feitos ali mesmo e, para incrementar, uma interpretação teatral da literatura a céu aberto. Este é o presente que o Festival Banca de Poetas irá levar para a população do DF. A estréia será na Estrutural no dia 30 de Junho (quinta-feira), de 8h às 20h, aberto e gratuito. Lembrando que todo o acervo está disponível para trocas. No picadeiro da Banca de Poetas o livro é o elemento cênico principal, e a troca de saberes se da a partir do livro.

 

ORIGEM   

Era pura poesia ver como executivos, mendigos, pessoas de todas as classes e gêneros dividiam o mesmo espaço para contemplar um varal de poesia no meio do Setor Comercial Sul, em 2001. Foi assim que nasceu o projeto, todos que por ali passaram, certamente, irão se lembrar da figura emblemática do artista José Garcia Caianno e sua Banca de Poetas. ¨Sua¨, não é o pronome mais justo, para o nobre poeta, ¨a Banca é de todos¨, afirma Caianno.

 

ATRAÇÕES, TROCAS e LEGADO

O Teatro Literário com os grupos Mambembrincantes e Pilombetagem, certamente é um dos diferenciais deste projeto, ¨a dramatização da literatura pode conquistar novos leitores, principalmente, aqueles que dizem que não gostam de leitura, pois aprenderam uma nova forma de ler e amar os livros¨, contou Caianno. Todos que visitarem o estande, também terão contato com acervo e trocar livros, ainda assistirão a recitais e dramatizações.  

Brasília e mais cinco cidades satélites receberão o projeto, que agora ganha status de ¨festival¨. Além de espaços públicos a Banca de Poetas agora irá habitar Escolas Públicas e Centros de Reintegração de Adolescentes, ¨por onde passarmos vamos deixar uma mini biblioteca e um dia marcado por arte e boas histórias, contou Caianno, com brilho nos olhos em deixar um legado.  

 

A BANCA e O PROJETO

No Festival Banca de Poetas, o livro e a questão da leitura estão inseparáveis da questão da qualificação do leitor, fazendo um convite à reflexão de que ler, entendendo o que se lê, não é uma análise meramente técnica, mas lúdica, reflexiva, inusitada e democrática, o que também valida sua integração ao Manifesto da Unesco sobre Bibliotecas Públicas.

O Festival Banca de Poetas, fomentado pelo FAC, conforme edital nº 5/2014, configura-se como uma biblioteca pública itinerante que estimula o hábito de leitura por meio do Teatro Literário que extrapola conhecimentos curriculares, respeitando a capacidade cognitiva de crianças e jovens e oportunizando o desenvolvimento da imaginação criativa.

A Banca de Poetas tem o formato de arte urbana visual e verbal ao dispor de uma instalação cenográfica/picadeiro que contrasta o rústico/pesado dos objetos de madeira, conhecidos por bobinas e carretéis, que formam torres em elevação nas quais comportam livros, com a leveza/suavidade do bambu, que forma estantes para livros e pilares de sustentação do cenário, e das cores vibrantes dos tecidos de chita que permitem uma curiosa e envolvente plástica cênica.

Nosso objetivo é fortalecer as cadeias criativa, produtiva e mediadora do livro e da leitura como fator relevante para o desenvolvimento da produção e difusão intelectual, o acesso aos bens culturais, a democratização do livro e a promoção da cidadania plena que requer o combate à iliteracia. Insere-se nas políticas públicas referentes à redução de danos na habilitação da criança e do adolescente no convívio social. Precisa realizar essa atividade nas seguintes cidades: Estrutural, Gama, Brasília, Varjão, Itapoã, Ceilândia.

 

O POETA

José Gomes Garcia (nome artístico José Garcia Caianno) nasceu em 14 de novembro de 1954 à margem esquerda, para quem sobe as águas do rio Paranaíba-GO. Teve seu primeiro contato com a poesia aos sete anos quando viu um recital na escola. A partir daí, adotou-a como forma de libertação. Em 1972, mudou-se para Taguatinga-DF onde iniciou uma carreira de produção ligada aos conjuntos de baile da época, ingressando no movimento independente. Produziu em Brasília, São Paulo, Belo Horizonte e Goiânia. Ultimamente, viaja pelo país participando de encontros literários, seminários e ocupando todos os espaços onde a poesia é convidada, bem como, tomando de assalto lugares onde não a querem. Participou de várias oficinas e seminários na área do cinema, teatro e vídeo. Como ator participou de várias montagens teatrais como A lenda do Piui (infantil, direção de Guilherme Barcellos), Frei Tito: vida, paixão e morte (direção de B. de Paiva). Tem dois projetos de vídeo em andamento e escreve nova peça teatral sobre um dos fundadores da UnB. É gestor da Casa de Cultura Itinerante Banca de Poetas.

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Israel Carvalho

Israel Carvalho é jornalista nº. DRT 10370/DF e editor chefe do portal Gama Cidadão.

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