Política

Sem Lula no páreo, da esquerda para direita são as apostas para corrida presidencial 2018

O Tribunal Regional Federal da 4ª Região (TRF-4), localizado em Porto Alegre (RS) condenou por unanimidade o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva por corrupção e lavagem de dinheiro. Os desembargadores João Pedro Gebran Neto, relator do processo; Leandro Paulsen, revisor; e Victor Luiz dos Santos Laus mantiveram a condenação em primeira instância, proferida pelo juiz Sergio Moro, mas decidiram aumentar a pena para 12 anos e 1 mês em regime fechado, além de 280 dias-multa. Também foram condenados o empreiteiro Léo Pinheiro e o ex-executivo da OAS Agenor Franklin. O Julgamento foi transmitido ao vivo pelo próprio tribunal.

O relator do caso, desembargador João Pedro Gebran Neto, manteve a condenação proferida pelo juiz Sergio Moro. Em sua justificativa para o aumento da punição, o magistrado disse que, por ter ocupado a presidência, a culpabilidade do ex-presidente é extremamente elevada. Segundo ele, na condição de principal mandatário do país foi tolerante e beneficiário com a corrupção na Petrobras, o que fragilizou não só a estatal, mas também a estabilidade democrática brasileira.

Não bastasse o caso do Mensalão do PT, que ocorreu na época do primeiro mandato do ex-presidente (2002 a 2006), agora está confirmado pela segunda instância do Judiciário a continuidade dos esquemas de corrupção bem como a culpabilidade do ex-presidente Lula.

“- A culpabilidade é o vetor maior. E a culpabilidade é extremamente elevada (por se tratar de ex-presidente) – afirmou Gebran, que também negou o pedido de prescrição do crime de corrupção apresentado pela defesa de Lula.”

A situação da corrida eleitoral com o impedimento de Lula:

Com a condenação do Lula tudo muda no cenário eleitoral para a principal cadeira da política brasileira, a Presidência da República. Os nomes que já estão certos são:

PRÉ-CANDIDATO

PARTIDO

Geraldo Alkimin

PSDB

Marina Silva – REDE

REDE

Ciro Gomes – PDT

PDT

Jair Messias Bolsonaro

PSL

Manoela D´ávila

PC do B

Álvaro Dias

PODEMOS

João Almoêdo

NOVO

Paulo Rabello de Castro

PSC

Fernando Collor de Melo

PTC

Cristovam Buarque

PPS

Eimael

PSDC

Levy Fidelix

PRTB

Valéria Monteiro

PNM

Estes são os que já oficializaram suas pré-candidaturas.

Mas como o processo ainda se encontra na fase de pré-candidaturas tudo pode acontecer. Até a oficialização dos candidatos em agosto desse ano o cenário pode mudar. Dentre os que já estão certos de sua corrida à cadeira da presidência, pode ser que alianças ou desistências abram mais vagas nessa corrida.

Uma pré-candidatura que surpreendeu a todos foi a do Fernando Collor de Melo. Ele cumpre o segundo mandato consecutivo como senador por Alagoas. Eleito em 2006 e reeleito em 2014. Foi prefeito de Maceió (1979-1982), deputado federal (1982-1986) e governador de Alagoas (1987-1989). Em 1989, foi o primeiro presidente da República eleito pelo voto direto após o período de intervenção militar. Permaneceu no cargo até 1992, quando sofreu um processo de impeachment. Collor anunciou a pré-candidatura em 19 de janeiro deste ano em discurso em Arapiraca (AL).

Na outra faixa dessa avenida eleitoral estão nomes que possivelmente podem sair candidatos. Fazendo com que as coisas tomem proporções inesperadas. Alguns nomes já vêm sendo citados como pré-candidatos quase certos. O apresentador de TV da Rede Globo, Luciano Hulk, vem sendo cotado como uma opção totalmente fora do sistema. Entre o vai e não vai Hulk ganha força numa possível disputa ao cargo de Presidente. Há quem diga que dentre os feitos do Hulk na presidência está a mudança do “Minha Casa Minha Vida” para o “Lar Doce Lar”, a criação do novo projeto social “Lata Velha” e a mudança do “ENEM” para “Agora ou Nunca”. Brincadeiras à parte, o certo mesmo é que com a oficialização de sua candidatura vai causar um rebuliço no cenário atual. O novo sempre tende a causar e impactar.

Outro que vem sendo cotado como pré-candidato ao cargo é o ex-ministro Joaquin Barbosa. O ex-presidente do STF tem olhado com menos resistência à ideia de se candidatar à Presidência da República. Ele tem conversado com integrantes do PSB e andou se reunindo com o partido para discutir o assunto. Mais simpático à ideia de concorrer, o relator do mensalão passou a se preocupar com a imagem do dia a dia. Não quer que uma eventual informalidade ou casualidade de quem está aposentado seja registrada pelos adversários.

A candidatura de Joaquim Barbosa à Presidência da República pelo PSB será um trunfo e tanto para o governador Rodrigo Rollemberg. Os dois farão campanha juntos e o relator do mensalão reforçará a imagem de combate à corrupção com o ingrediente de carregar a novidade na política. O Distrito Federal, centro do poder, é uma das unidades da federação que mais viveram as denúncias envolvendo o mensalão e o julgamento do caso no STF. Tal feito e pelo fato dele ser negro estaria somando muito positivamente para que as pessoas deem seu voto ao Joaquim. Ele tem uma grande contribuição a dar ao Brasil e isso ninguém pode negar. O certo é que numa possível corrida pela presidência e uma provável vitória, o Brasil estaria realizando uma nova revolução política. Além de eleger uma cara nova pro cargo mais alto da política no País, estariam elegendo o primeiro presidente negro da história tupiniquim. Por enquanto tudo segue nas possibilidades e ainda não há nada concreto. Porém, como muita água ainda há de correr nesse rio, até agosto tudo pode acontecer.

Com a saída de Lula do processo eleitoral alguns nomes tendem a ganhar mais força enquanto que outros podem perde-la por não ter mais o PT como opção para aliança. Já o PT vai ter que se reinventar se quiser continuar no pleito, mas terá de fazê-lo de forma limpa e honesta, algo bem difícil para uma organização como esta. Com a declaração da presidente do partido, senadora Gleisi Hoffman de que não vão aceitar a decisão da Justiça e vão partir pra briga dá para perceber que sem Lula não tem PT. Então pode ser bem provável que na corrida presidencial não vejamos PT em nenhuma das raias esse ano. Nem com a candidatura de alguém bem como apoiando ninguém.  Pode ser, que nessa segunda opção, em último caso, insistam em apoiar a pré-candidata do PC do B, Manoela D´ávila.

Ainda é cedo pra traçar qual será o cenário eleitoral para a Presidência da República esse ano, mas já temos muitos nomes pré-confirmados e outros irão surgir até agosto. Sigamos acompanhando a dança das cadeiras.

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Lucas Lieggio

Editor Jornalista nº. DRT nº 8259 - DF, Multimídia e Social Media.

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