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Melhoria para os estudos chama atenção no Dia internacional dos Povos Indígenas

Valéria Truká é um exemplo de jovem indígena que enfrentou barreiras para estudar

Hoje, 9 de agosto, é comemorado o Dia Internacional dos Povos Indígenas. Diferente do Dia do Índio, celebrado 19 de abril, a data celebra uma conquista dos próprios indígenas relembra o dia em que um índio chegou pela primeira vez à sede da Organização das Nações Unidas (ONU), no ano de 1995.

De lá para cá, segue a luta por melhorias na educação indígena. O objetivo é que todos tenham acesso à aos estudos, principalmente as crianças que vivem com os pais nas comunidades mais distantes. Muitas vezes, quando não há escola na própria comunidade, é preciso deslocar os estudantes para uma cidade próxima.

A estudante indígena de nome social Valéria Truká ingressou na Universidade Estadual do Estado da Bahia (UNEB) pelo sistema de cotas e ressalta a questão do preconceito ainda embutido em uma sociedade que se diz globalizada. “Eu sofri preconceito pela cor, porque existe um estereótipo formado do perfil de uma pessoa indígena. Já escutei piadinhas por usar computador e ter um celular bom, só que esquecem que eu trabalhei para comprar. Por que sou indígena não posso ter uma coisa melhor? Isso me machucava muito na época. Hoje já vejo de uma forma mais madura, não ligo tanto”, comenta.

Valéria acredita que o caminho para melhorar o acesso à educação nas comunidades indígenas é a implementação de escolas na própria comunidade, bem equipadas, para evitar que essas crianças percam a essência da sua tradição. A inquietação é tamanha que a universitária pensa em trocar o curso de Nutrição por Pedagogia. “Quero me envolver mais com minha descendência. Penso em ser professora, para atuar com o público indígena. Quero fazer o que estão fazendo lá na aldeia, colocar o quadro de professores na própria comunidade e trabalhar com os jovens de maneira mais centrada. Eu penso em voltar para a minha aldeia mas posso trabalhar em outra também. O certo é que quero trabalhar com a comunidade indígena” afirma com determinação.

Valéria tem essa uma preocupação pelo fato de ter enfrentando choque de cultura na sala de aula. Muitos professores não buscam capacitação para lidar com os alunos indígenas. Outro fator negativo é a inexistência de material didático especifico.  De acordo com Censo Escolar 2015, realizado pelo Ministério da Educação (MEC), metade das escolas indígenas têm material didático específico para o grupo. Ou seja, a outra metade trabalha sem o material adequado.

Bolsas de estudo e a inclusão educacional

Por pensar em uma educação ao alcance de todos é que surgiu o programa de bolsas de estudo Educa Mais Brasil. É possível estudar com descontos nas mensalidades desde a Educação Básica até o Ensino Superior, além de Cursos Técnicos e Livres também. Para quem pensa em se especializar na cultura Indígena, assim como Valéria, é possível cursar uma Pós-Graduação da Cultura Afro-Brasileira e Indígena. Acesse o site e confira muitos outros cursos disponíveis. A inscrição é gratuita!

Vanessa Casaes – Ascom Educa Mais Brasil

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Israel Carvalho

Israel Carvalho é jornalista nº. DRT 10370/DF e editor chefe do portal Gama Cidadão.

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