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Suprema Corte pode decidir eleições nos EUA

Eleições nos EUA: Biden não é o novo presidente dos EUA, o processo segue na Justiça

A eleição norte-americana para a presidência encerrou-se há um mês e ainda não tem uma definição. Já na época do pleito, no começo de novembro, diversos órgãos de imprensa declararam a vitória da chapa democrata Biden-Harris. Mas na verdade nada disso foi oficialmente confirmado até o presente momento. Sob alegação de irregularidades feitas pela chapa do candidato à reeleição, Donald Trump, a confirmação de quem realmente venceu as eleições nos EUA ainda está indefinida.

Alguns fatores contribuíram para isso e os indícios de fraude foi que ainda torna incerto quem realmente vai comandar na Casa Branca pelo próximo mandato.

O aumento de dias para antecipar o voto nas seções eleitorais e a extensão do direito de votar por cédulas enviadas pelo correio, ambos em razão da Covid-19, aumentaram o tempo de apuração e as chances de fraudes durante o processo eleitoral. Isso ocorreu porque diversos estados optaram por contar esses votos depois de encerradas as votações e por receber cédulas postadas nos correios até o dia da eleição, ainda que isso possa chegar aos centros de apuração dias depois. Além do mais, coisas estranhas foram verificadas ainda na semana em que ocorreram as apurações dos votos.

Há alegação por parte dos defensores de Donald Trump que houveram votos de pessoas falecidas e cédulas fraudadas em favor do adversário, Joe Biden. Além do mais um funcionário dos correios, na época, foi preso tentando cruzar a fronteira dos EUA com o Canadá levando malotes com cédulas dentro do seu carro. O funcionário do serviço postal americano (USPS) Brandon Wilson, 27, de Buffalo, NY, foi preso acusado por atraso ou destruição de correspondência por carregar no porta-malas do carro cerca de 800 correspondências e cédulas eleitorais quando tentava atravessar a fronteira dos EUA com o Canadá. A acusação acarreta uma pena máxima de cinco anos de prisão e multa de US$ 250.000.

De acordo com a denúncia, no dia da eleição, 3 de novembro de 2020, aproximadamente às 19h34, os oficiais da Alfândega e Proteção de Fronteiras (CBP) encontraram Wilson, Brandon, no porto de entrada da Peace Bridge. Após realizarem uma varredura padrão em seu veículo, uma caixa de correio do USPS contendo várias correspondências foi observada por um oficial da CBP dentro do porta-malas. Os oficiais do CBP também observaram vários itens de uniforme do USPS com o logotipo do USPS junto com um crachá de identificação com o nome de Wilson.

Mortos votando?

Há por parte de muitas pessoas, inclusive da classe política, a alegação de que houveram mortos votando. Sim, eles alegam que há uma enorme quantidade de cédulas em nome de pessoas falecidas com votos para o Democrata Joe Biden. Tudo isso somado fez com que as eleições norte-americanas seguissem indefinidas.

A definição está na Suprema Corte

Um deputado republicano da Pensilvânia pediu na terça-feira (1°) à Suprema Corte dos EUA que emitisse uma ordem de emergência para impedir o estado de prosseguir com a certificação dos resultados das eleições que dão hoje vitória ao democrata Joe Biden.

Kelly pediu à Suprema Corte que “anulasse” a certificação de Wolf e todas as outras ações que confirmariam a vitória de Biden. Sua ação na terça-feira também pediu à Suprema Corte para ouvir um apelo acerca de uma mudança nas regras de votação pelo correio no estado.

Serão necessários quatro dos nove juízes da Suprema Corte para que se possa ouvir o recurso.

A ação sustenta que a mudança na lei — que permitiu que todos eleitores do estado votassem pelo correio sem a necessidade de justificar a decisão — feita no fim do ano passado é inconstitucional porque exigiria uma emenda constitucional para sua validade.

A Suprema Corte da Pensilvânia rejeitou o processo na noite de sábado (28/11), incluindo uma ordem de uma juíza de primeira instância bloqueando a certificação de quaisquer corridas não certificadas. Ela citou o limite de 180 dias da lei para contestar suas disposições, bem como a “demanda impressionante de que uma eleição inteira seja anulada retroativamente.”

Nos tribunais estaduais, Kelly e os outros demandantes republicanos pediram a rejeição de 2,5 milhões de cédulas enviadas por correio ou a anulação dos resultados das eleições no estado pedindo que a legislatura estadual fosse orientada a escolher os eleitores presidenciais (delegados) da Pensilvânia.

E por lá ainda seguimos com indefinições. Ainda na semana do pleito eleitoral, Biden e Trump anunciaram, antes mesmo do encerramento das urnas, que seus advogados estariam a postos para pedir recontagem dos votos.

Por fim, outra indefinição que avançará pelos primeiros meses de 2021 é sobre a formatação do novo governo, seja um governo democrata ou republicano.

Biden, um político de histórico centrista, foi eleito por uma coalizão ampla, com apoio de alas progressistas de independentes e do Partido Democrata, como Sanders e Ocasio-Cortez, bem como de setores do Partido Republicano, como membros do alto escalão do governo W. Bush (2001-2009). Esses interesses precisarão ser acomodados em um eventual governo democrata, bem como precisarão dialogar com o Congresso.

Por outro lado, um eventual segundo governo Trump precisará lidar com um apoio popular restrito, uma imagem política desgastada pelo polarizado processo eleitoral de 2020, e uma Câmara de Deputados com maioria de Democratas. As eleições norte-americanas estarão nas nossas telas e no nosso assunto cotidiano ainda por algumas semanas.

Erramos ao dar a vitória a Biden

O Portal Gama Cidadão reconhece que errou em dar a vitória ao candidato republicano, Joe Biden. Seguindo assim o caminho seguido pela grande mídia mundial. Pois devido às irregularidades nas eleições norte-americanas, o resultado definitivo de quem irá comandar na Casa Branca a partir de 2021 ainda não está definido.

Enquanto o processo eleitoral, sob alegação de fraude, continua na Suprema Corte norte-americana, o mundo aguarda o parecer dos juízes para que se possa saber quem realmente ganhou.

Nós do Gama Cidadão seguimos acompanhando o desenrolar das dessa questão.

Da redação do Gama Cidadão – 02/12/2020

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Israel Carvalho

Israel Carvalho é jornalista nº. DRT 10370/DF e editor chefe do portal Gama Cidadão.

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