O retrato do caos no HRG.
O caos na rede pública de saúde do Distrito Federal não é somente na área de pediatria. O Hospital Regional do Gama, que já foi um dos melhores do país, hoje está como está (veja o quadro da pediatria na postagem anterior). O caos absoluto em quase todas as áreas. Falta pediatra, falta psiquiatra, falta cardiologista, falta maca, falta cadeira de rodas, falta vergonha dos gestores públicos.
Ontem, domingo (11/5), atendimento era coisa difícil, quase impossível. Um senhor que estava passando mal foi levado ao Hospital do Gama por volta das 14 horas. Mediram a pressão, e apesar dele estar passando muito mal não conseguiu ser atendido, pois médico disponível não havia. Retornou a sua casa às 15 horas, pois havia outros pacientes que estavam sem atendimento desde às 6 horas. Às 19h20, não suportando as dores, retornou ao hospital. E nada de ser atendido. Desmaiou ali mesmo no pronto socorro (pronto socorro? Mas que cinismo!). Só foi levado para um médico depois que, desmaiado, a família aprontou o rebu na sala de espera (e bota espera nisso). Só foi voltar para casa às 2 horas da madrugada…
Foto/Imagem de colaborador do Gama Livre.
Os parentes desse senhor, que como tantos outros sofrem no HRG, ouviu comentários de servidores administrativos e da área médica. Reclamaram –os funcionários– do sucateamento do hospital. E o que era para ser moderno, não é, pois até o ‘sistema novo’ de informática está complicando, ao invés de descomplicar e agilizar as tarefas. Tal sistema, na opinião trocada entre os servidores, era demorado e confuso, o que na maioria das vezes atrapalha a prescrição de medicamento e procedimentos médicos. E quem sofre mais é o paciente. E, claro, também os servidores, pois são eles que lidam diretamente com as pessoas que recorrem ao HRG.
Que bom seria se o padrão Fifa também fosse o padrão da saúde pública do DF. Mas como não se faz saúde pública fazendo copa bilionária como essa….O padrão da saúde é o padrão fifó. O padrão gdf.
