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Sem ônibus, passageiros enfrentam dificuldades para chegar a trabalho Quem conseguir chegar teve que apelar para o transporte pirata, ou pedir carona

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Com greve, paradas de ônibus ficaram lotadas

Passageiros de ônibus de Santa Maria, Gama, São Sebastião e Paranoá enfrentam dificuldades para chegar ao trabalho na manhã desta quarta-feira (26/2). Com paradas lotadas e falta de coletivos, muitos foram obrigados a faltar ao trabalho e voltar para casa. O transtorno é por causa da paralisação de 70% dos rodoviários do Grupo Pioneira, que cruzam os braços desde as 5h de hoje.

Eles reclamam da demora na rescisão dos contratos com as empresas Satélite, Planeta e Cidade Brasília, que devem deixar de operar no Distrito Federal.

Felipe Soares, de 18 anos, é auxiliar administrativo. Todos os dias ele pega o ônibus em uma das paradas de Santa Maria, por volta das 6h20, para chegar ao serviço às 8h. Hoje, contudo, ele esperou por mais de 2h, mas nenhum coletivo passou. Ao perceber que não conseguiria o transporte, Felipe foi obrigado a ligar para empresa e avisar sobre o imprevisto. “Felizmente, a empresa vai enviar um supervisor para me buscar, se não seria um dia perdido”, desabafa o jovem.

imgFelizmente, meu patrão entende a situação e ele disse que se eu faltar hoje, não vai descontar do meu salário”, desabafa Rosana Carvalho – uma das passageiras que ficaram sem transporte hoje O mesmo transtorno relatado por Felipe foi vivido por Rosana Carvalho, de 22 anos. Moradora do Lago Azul (GO), a jovem é trabalhadora doméstica na 211 Norte. Normalmente ela pega um ônibus que faz o trajeto direto, entre a cidade onde mora e o trabalho. Mas hoje, ela acordou às 4h30, foi para parada, onde esperou por mais de 1h.

Como nenhum coletivo para Asa Norte passou, a jovem pegou um ônnibus para Santa Maria, com a esperança de ter mais sorte por lá. Não foi o que acorreu. Por volta de 7h30, Rosana ainda esperava o coletivo passar. “Felizmente, meu patrão entende a situação e ele disse que se eu faltar hoje, não vai descontar do meu salário”, explicou Rosana.

Muitos passageiros tiveram que voltar para casa, como Rosana. Para quem ainda não desistiu de ir para o trabalho escola, ou faculdade, a alternativa são os transportes piratas.

 
Fonte: Correio Braziliense
 
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Israel Carvalho

Israel Carvalho é jornalista nº. DRT 10370/DF e editor chefe do portal Gama Cidadão.

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