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Museus públicos do DF narram a história de Brasília

Objetos simbólicos e fotografias fazem parte do acervo que rememora a trajetória da capital federal desde a construção. Visitação é gratuita

Pedro Ventura/Agência Brasília

Com entrada gratuita, museus no Distrito Federal administrados pela Secretaria de Cultura rememoram a trajetória de Brasília por meio de fotografias, objetos e transcrições de falas.

O Catetinho, o Museu Vivo da Memória Candanga, o Museu Histórico de Brasília e o Espaço Lucio Costa não só recontam a história da construção da capital como também homenageiam os candangos que aqui trabalharam.

O subsecretário de Patrimônio Cultural da pasta, Gustavo Pacheco, defende a relevância desses locais. “Museus são importantes para nos conectarmos com o passado e com nossa própria identidade. Eles permitem a construção de políticas culturais afirmativas, além de mostrarem que Brasília já tem uma história.”

A carioca Letícia Borges, de 37 anos, ficou maravilhada com os museus da cidade. “É tudo muito organizado, com pessoas capacitadas para explicar as informações”, avaliou a advogada quando estava de passagem pelo DF em meados de julho, acompanhada da amiga Camila Arruda, de 42 anos.

Em frente à maquete de Brasília, no centro do Espaço Lucio Costa, na Praça Três Poderes, Letícia teve a oportunidade de entender a estrutura em três dimensões do avião que forma a capital do País.

O Espaço Lucio Costa
Idealizado pelo arquiteto Oscar Niemeyer, o Espaço Lucio Costa homenageia o urbanista que projetou o Plano Piloto de Brasília. Foi inaugurado em 27 de fevereiro de 1992, para comemorar os 90 anos de Lucio Costa.

A construção subterrânea do museu abriga:

  • Maquete de Brasília

  • Maquete tátil

  • Cópias dos croquis e do Relatório do Plano Piloto

  • Fotos históricas da época da construção e da inauguração da cidade

O Museu da Cidade
Ao lado do Espaço Lucio Costa está o Museu Histórico de Brasília ou o Museu da Cidade. A estrutura projetada por Niemeyer chama a atenção por sua estética: um bloco de mármore branco horizontal. Frases históricas marcam as paredes externas e internas e também foram transcritas em braile e inglês.

Aberto em 21 de abril de 1960 — mesmo dia da inauguração de Brasília —, o Museu Histórico de Brasília é o mais antigo da capital e representa a transferência oficial da capital do Rio de Janeiro para cá.

Para o secretário adjunto da Secretaria do Esporte, Turismo e Lazer, Jaime Recena, os museus proporcionam aos visitantes “uma viagem na trajetória dos ícones da nossa cidade, como o presidente Juscelino Kubitschek, Lucio Costa e Niemeyer”.

O Museu Vivo da Memória Candanga
Do projeto para as primeiras edificações da nova capital. O cruzamento dos eixos norte-sul, leste-oeste, expresso no risco original de Lucio Costa, acomodou nordestinos, mineiros, cariocas, entre outros, que vieram para a construção de Brasília.

O maior e mais importante assentamento de migrantes no DF foi no Núcleo Bandeirante, antiga Cidade Livre. E, para atender os trabalhadores daquela região, foi criado o primeiro centro de saúde de Brasília: o Hospital Juscelino Kubitschek de Oliveira, posteriormente transformado no Museu Vivo da Memória Candanga.

A seis quilômetros da Rodoviária do Plano Piloto, o espaço chama a atenção pelo seu feitio de cidade do interior. Com uma alameda de casas de madeiras coloridas, representa os lares dos brasileiros que vieram para a capital em busca de uma nova vida.

O acervo do museu é composto por peças e fotos da época da construção, distribuídas pela exposição permanente Poeira, Lona e Concreto, que narra a história de Brasília até a inauguração em 1960.

As fotos de Mário Moreira Fontenelle (primeiro fotógrafo oficial de Brasília), Peter Scheier e Joaquim Paiva retratam ambientações do Brasília Palace Hotel e do Hospital Juscelino Kubitschek de Oliveira.

O Museu Vivo da Memória Candanga também expõe peças de artesanato e de arte popular integrantes da exposição Renovação e Tradição – Novos Caminhos.

O Museu do Catetinho
Quatorze quilômetros à frente, seguindo a BR-040, está o Museu do Catetinho, a primeira residência oficial do presidente Juscelino Kubitschek.

O projeto que transformou em museu o espaço no Gama retoma as referências de época, preservando o mobiliário original. Imagens fotográficas e outros objetos complementam as ambientações.

Museus sobre a história de Brasília administrados pela Secretaria de Cultura

Espaço Lucio Costa
Praça dos Três Poderes (Esplanada dos Ministérios Brasília)
De terça a domingo
Das 9 às 18 horas
Telefones: (61) 3325-6244, 3323-3728 e 3326-7709

Museu Histórico de Brasília
Praça dos Três Poderes
De terça a domingo e feriados
Das 9 às 18 horas
Telefones: (61) 3325-6244, 3323-3728 e 3326-7709

Museu Vivo da Memória Candanga
Epia Sul, Lote D, Núcleo Bandeirante
De segunda a sábado
Das 9 às 17 horas
Telefone: (61) 3301-3590

Museu do Catetinho
BR-040, km 0, Gama
De terça a domingo
Das 9 às 17 horas
Telefones: (61) 3338-8803 e 3386-8167

Israel Carvalho

Israel Carvalho é jornalista nº. DRT 10370/DF e editor chefe do portal Gama Cidadão.

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