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Chuva não impede a diversão da criançada no carnaval do Gama

O evento, na Praça Lourival Bandeira, contígua ao Parque Infantil do Setor Leste – onde mais tarde os coletivos circenses do Gama fariam o Carnaval dos Brincantes

Verdade ou não que “quem ama mora no Gama”, fato é que a cidade está disposta a construir uma agenda própria para o seu Carnaval. “A gente quer fazer folia aqui porque temos nossa cultura e muitos não podem ou não querem ir para o Plano Piloto”, sentencia Paulim Diolinda, poeta, compositor e produtor cultural pernambucano à frente do Encontro Carnavalesco dos Bonecos Dançantes, realizado na tarde deste domingo.

O evento, na Praça Lourival Bandeira, contígua ao Parque Infantil do Setor Leste – onde mais tarde os coletivos circenses do Gama fariam o Carnaval dos Brincantes – teve no FAC (como também o evento da Vila Planalto) o ponto de partida para voos mais altos, segundo Diolinda. “Ano que vem vamos fazer um evento melhorado, com a ajuda da administração regional”, planeja.

Segundo o titular da Região Administrativa II, José Elias de Jesus, a proposta tem seu apoio. “Estamos com o planejamento estratégico para 2020 pronto e queremos fazer um Carnaval fora de época, no meio do ano, provavelmente em julho”, afirma diante do prédio fechado do Centro Cultural Itapoã, testemunha de bons tempos para as artes do local.

E há já uma tradição local de artesãos que produzem bonecos de isopor esculpido, recoberto de papel ou de resina pintada. Com três metros de altura, menores que os pernambucanos, uma dezena deles, com “Barack Obama” à frente, bailava na praça, braços abertos movidos por articulação de madeira, chamando o público.

Ester, de três anos, correu para o colo da mãe diante da aproximação da “Noiva do Lago”, referência a um trágico acidente, reproduzido pelo imaginário local, que tirou a vida de uma moça afogada no lago Jacob a caminho do altar na vizinha Cidade Ocidental (GO). “É ótimo ter a chance de trazer as crianças a um carnaval por aqui”, aprova a mãe de Ester, a empresária Fernanda Faria.

No âmbito da economia criativa, o mecânico Augusto “do Trenzinho”, como se apresenta, aproveitou a inciativa para levar seu comboio feito de vagões construídos com tambores de óleo de 200 litros, cortados, pintados, dotados de assentos com cinto de segurança e puxados por um minitrator de cortar grama, adaptado. Quantas viagens ela planejava fazer, ao preço de R$ 5 o passeio individual de cinco minutos pelo local? Ele olhou para o céu nublado por um instante antes de responder: “Não faço a menor ideia”.

Com informação do Agência Brasília –

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Israel Carvalho

Israel Carvalho é jornalista nº. DRT 10370/DF e editor chefe do portal Gama Cidadão.

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