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Em Ibituruna e no Distrito Federal, estudantes sofrem com aulas a distância

No início de março, as aulas presenciais foram paralisadas pela pandemia do novo Coronavirus, criando uma realidade que afeta professores e alunos em todo o Brasil. No dia 06 de abril, as aulas foram substituídas pelas aulas online e videoaulas, no Distrito Federal. No dia 18 e maio, em Ibituruna (MG), desde a educação infantil até o ensino médio. Depois de 5 meses, as aulas particulares para Educação Infantil e Ensino Fundamental, do Distrito Federal começaram nesta segunda-feira, mas nem todos os alunos voltaram para rotina escolar. Já em Ibituruna, Minas Gerais, as aulas estão previstas para voltar dia 05 de Outubro.

Segundo Queila Sousa Teixeira, Secretária de Educação de Ibituruna, Minas Gerais,  desde o início da pandemia o município baixou alguns decretos, como o número 12, de março de 2020, que suspendeu as aulas dos dias 19 a 22 de março. Como situação do Covid 19 permaneceu, o município baixou um novo decreto, antecipando os 15 dias de recesso escolar.

“Em consonância com as legislações vigentes, adotamos a modalidade do ensino não presencial por meio do projeto “Estudando em casa” até o momento ainda não sabemos como será reposição. Porém já temos algumas alternativas, com a nota de esclarecimento e orientação número 01/2020, CEE/MG, para que o calendário escolar seja adequado peculiaridades locais”, disse a secretária.

O calendário escolar é organizado de acordo com a Lei 9.394/96, com carga horária mínima de 800h distribuídos em 200 dias, mas devido ao cenário epidemiológico, de acordo com a nota de esclarecimento e orientação número  01/2020,  essas 800h poderá ser distribuídas em menos dias letivos.

A realização das atividades pedagógicas não presenciais visa em primeiro lugar que se evite retrocesso de aprendizagem, por parte dos estudantes e a perda do vínculo com escola.

Segundo a professora de Educação Infantil Suenilde Maria Pereira de Jesus, da Ceilândia, Distrito Federal. “esse momento é desafiador, pois temos que buscar criatividade todos os dias para oferecer sempre a melhor aula aos alunos. Um dos métodos que não pode faltar em nossas aulas é a ludicidade que também a readaptamos pois presencial é diferente da EAD”.  De acordo com ela, a resposta às atividades tem sido satisfatória, mesmo com a dificuldade de alguns pais em acompanhar as aulas com seus filhos.

Cássia Dias da Silva, professora do Ensino Fundamental da Escola Fernão Dias, em Ibituruna (MG), disse que “está sendo bem complicado, preparamos as atividades digitadas e  enviamos pra escola onde estas são impressas. Estamos usando o whatsapp, salas de aula online para estarmos em contato com Pais, colegas de trabalho e alunos. Assim estamos nos adaptando com o ensino digital. Os pais e alunos até que estão correspondendo  bem a medida do possível”.

Aluna do Ensino Médio, Pamela Tamires Guimarães, 16 anos, da escola de Ibituruna afirma “que as aulas onlines estão boas, mas os conteúdos estão fracos, não estão chegando perto do esforço das aulas presenciais”. Segundo ela, as dúvidas surgem e os estudantes têm dificuldade em conversar com  professor. A chegada do Enem a deixa preocupada com algumas disciplinas.

Segundo a estudante Kheren Amorim Silva, 13 anos, da escola da Ceilândia sua experiência está sendo ruim e boa mesmo tempo, porque estuda no conforto de casa, mas não tem como entender  a matéria direito. “O professor pode se esforçar mas não é  a mesma coisa de estudar em sala. Fica difícil de aprender porque os professores não dão aula somente em uma turma, então  fica difícil de responder as dúvidas em certas matérias ou questões”, disse.

*Com informações do Serra News

 

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Israel Carvalho

Israel Carvalho é jornalista nº. DRT 10370/DF e editor chefe do portal Gama Cidadão.

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