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Cultura do Gama: Audiência Pública sobre casa de cultura

Primeira audiência pública presencial pós pandemia tem abertura com escola de samba, presença massiva da comunidade e ausência da Administração Regional do Gama

A história da tão sonhada Casa de Cultura do Gama ganhou mais um capítulo na noite de ontem, que foi marcada pela presença massiva da comunidade, que há muito tempo não sabia o que era uma audiência pública presencial.
A concentração começou às 18h no histórico e abandonado Teatro Galpãozinho, que é um dos pontos da Rota Brasília Capital do Rock. Segundo totem em frente ao espaço:
“Teatro Galpãozinho é a Casa do Rock do Gama, sendo palco de shows de bandas locais e nacionais. O espaço também se abre para outros gêneros e apresentações teatrais, sempre apoiando a cena gamense, com uma raça que lembra muito o ‘Do it yourself’, ou faça você mesmo, dos punks de Brasília. Sendo o local mais internacional das Regiões Administrativas, aqui já tocaram bandas da Finlândia, Suécia, Inglaterra, Holanda e República Tcheca.”
A abertura foi feita em grande estilo pela escola de samba ‘Mocidade do Gama’, que não deixou margem para dúvidas de que no Gama também temos samba.
Os trabalhos foram abertos pelos deputados Eduardo Pedrosa e Sardinha, que convidaram a Secretaria de Cultura, a Comissão de Cultura da OAB Gama e Santa Maria na pessoa da Dra. Josânia Castro, o Conselho Regional de Cultura do Gama por meio de seu presidente Marco Augusto, o Conselho de Cultura do Distrito Federal na pessoa conselheiro gamense recém eleito Wellingnton Rocha e a ex administradora e ex deputada Professora Maria Antônia.
Nesse momento foi sentida a ausência da Administração Regional do Gama e da Gerência de Cultura da cidade, que foram convidadas, mas infelizmente se furtaram a participar desse debate tão fundamental para o movimento cultural da cidade, fato que foi motivo de protesto e repúdio do morador Júlio Rocha.
A presidente do Conselho de Cultura da OAB Gama e Santa Maria fez uma fala belíssima, onde resgatou a história do movimento cultural da cidade, mencionando artistas dos mais diversos segmentos e fazendo jus à memória dos que se foram, ao longo da nossa luta coletiva por cultura.
Foi dada a palavra à comunidade, com a abertura do poeta Dedé Garcia, seguido por artistas, poetas, produtores culturais e membros da comunidade, com destaque para a jovem de 17 anos Maria Eduarda, que roubou a cena com o seu jeito espontâneo expressar o seu descontentamento pela ausência de espaços culturais, concluindo com um questionamento à mesa.
A escola de samba Mocidade do Gama, marcou presença com falas potentes e reivindicando um espaço onde possa desenvolver suas atividades, tendo vista que desde a reforma do Bezerrão, não possuem mais um local que comporte suas demandas e necessidades de forma satisfatória.
Outros espaços culturais foram mencionados, como o Cine Itapuã que está passando por reformas, o anfiteatro do Bezerrão, e o próprio Galpãozinho, que chamou a atenção pelo estado de abandono e deterioração em que se encontra, refletindo o valor e a importância que a cultura e seus monumentos têm recebido nesse governo.

 

Ao final dos trabalhos os deputados presentes reafirmaram seu compromisso a questão, anunciando que dia 18/05 às 10h terão uma reunião na NOVACAP para debater o assunto e que destinarão emendas parlamentares para o cercamento do terreno e construção do edifício.

Texto:Juan Ricthelly

Israel Carvalho

Israel Carvalho é jornalista nº. DRT 10370/DF e editor chefe do portal Gama Cidadão.

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