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O Brasil de rabo preso

O Brasil está nas mãos da turma do rabo preso, correndo atrás do próprio rabo.

Nós, os da direita idealista e ingênua, liberal e conservadora, fomos iludidos por oportunistas sem conteúdo que enxergaram nos danos causados pelo furacão Petralha a sua chance de livrar-se da mediocridade e de sair das sombras do anonimato ou do baixo clero.
Com um discurso vociferante, óbvio e fácil diante das circunstâncias, conquistaram, como falsos profetas, uma proeminência ilusória na causa da moralização e ocuparam espaço à frente da revolta popular que, a partir de 2013, ocupou as ruas do País.
Prometeram mudanças que nunca tiveram integridade ou real vontade de promover.
Embora de forma hipócrita e instável, é a coleção fortemente majoritária de rabos presos que faz com que haja o tal equilíbrio de poder na República e não os tão falados e nunca vistos “pesos e contrapesos”.
Os Supremos Ministros, patronos da impunidade, em benefício dos seus compromissos e interesses pessoais e da garantia dos seus cargos e vantagens, em turmas e/ou monocraticamente, são os que detêm as últimas palavras e aproveitam-se desta condição para manter acossados, acovardados e amordaçados os demais poderes, a imprensa e até as mídias sociais.
O Senado Federal, instituição que deveria investigá-los, acusá-los, julgá-los, condená-los e impedi-los de exercer indevidamente o poder e, assim, mantê-los nos limites da sua autoridade, não tem efetivo com força moral suficiente para fazê-lo.
A Câmara dos Deputados vai no mesmo caminho, emprestando seu poder em troca de cargos, benesses e, principalmente de recursos do erário, colocando o Executivo na condição de aliado e refém das suas ambições escusas.
Este último , o Executivo, para garantir a “governabilidade”, mas não o mais sério dos compromissos de campanha, o combate à corrupção – em que pese a qualidade das equipes ministeriais que se desdobram para sustentá-lo -, por razões que só não enxergam os que não querem ver, além de não se atrever a argumentar com os “Supremos”, se tem aliado a quem, em campanha, foi chamado de “lixão” e de “ladrão”!
Infelizmente, parece que os “Super Heróis” que elegemos abandonaram a “Liga da Justiça” em busca de proteção e de interesses pessoais- eleitoreiros e populistas -, provando que, na política brasileira, os vícios devastadores do ciclone petista nunca foram exclusividade do ardiloso “Centrão” ou da esquerda descarada e submissa ao Foro de São Paulo.
Pobre Brasil que, em termos de honestidade e caráter, só alimenta esperanças, mas não sai ou acaba voltando para o mesmo lugar.
Lamentável e decepcionante, pelo menos para mim…

Por Gen Paulo Chagas
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